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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nintendo 64, 16 anos.

Nintendo 64
16 Anos
 
Nunca me esqueço do dia (era novembro de 1996, se não me engano) em que, voltando da escola, vi na vitrine da Loja Hammud Shopping, em Paranaguá – PR, um console importado diferente, com quatro entradas para controle, sendo uma já ocupada por um monstro bastante estranho. Embora todo o conjunto chamasse a atenção, o que me prendeu à frente do vidro da loja foi a exibição do conteúdo do cartucho que acompanhava o console: Super Mario 64.
Tudo que era exibido na tela era bastante colorido e vivo. O encantador, digo, encanador mais famoso do mundo dos videogames dava saltos nunca antes vistos e se movimentava por ambientes poligonais de cair o queixo.
Aquilo era demais para mim e comecei a nutrir a “necessidade” por aquele videogame. Comecei a guardar cada moeda que sobrava do troco da passagem de ônibus, “esquecia” de gastar alguns reais em lanches na escola, tudo para poder colocar as mãos no sonhado Nintendo 64.
Eu já tinha ouvido falar sobre o console, na verdade lido a respeito, na finada revista Ação Games, em 1995, quando ainda tratavam o console como “Nintendo Ultra 64”, nome que chegou a aparecer em máquinas de fliperama que usavam a placa, a exemplo de Crusin’ USA.
1996 acabou, 1997 já ultrapassara seu primeiro semestre e nada de eu ter conseguido comprar meu Nintendo 64. Eu já tinha conseguido guardar cerca de R$ 300,00, mas era insuficiente para comprar o console que, à época, custava R$ 720,00 (anote-se que, nessa época o Real era uma moeda forte, US$1,00 equivalia a R$1,05, então, o aparelho era muito caro para um piá de 13 anos. US$/R$ 720,00, em 1996/97 seriam hoje, mais ou menos, R$ 1.300,00).
Eis que, diante da impossibilidade de comprar o console, decidi que iria comprar um Super Nintendo (a era 16-bit já estava acabada, mas eu só tive um Mega Drive, então seria novidade para mim). Meu pai ia a Curitiba – PR, para resolver alguns assuntos profissionais e, sabedor da minha vontade de comprar um SNES, ofereceu-se a levar minhas economias para comprar o aparelho lá, que certamente seria mais barato.
Tarde no mesmo dia, ouvi o barulho do carro de meu pai chegando na garagem do prédio. O coração acelerou, na ansiedade por um videogame novo. Mas o encontro com meu pai não foi exatamente como eu esperava. Ele chegou de mãos vazias, nada de SNES.
Achei que era alguma piada dele (que eu não via graça nenhuma naquele momento), mas não, ele não tinha comprado nada. Logo em seguida, meu pai me explicou o ocorrido: “Eu ia comprar o videogame que você pediu, o dinheiro daria, mas decidi não comprar, porque conversei com a vendedora e ela me orientou nesse sentido, já que, no início do mês que vem a Playtronic vai trazer um novo aparelho da Nintendo, um tal de 64, que é 3d e com controle ana...ana..ana alguma coisa (a palavra que ele procurava era “analógico”). Se você esperar, eu completo o dinheiro que faltar e compro esse novo, mas, se não quiser, semana que vem eu volto lá e trago aquele mesmo que você pediu.”
Por razões óbvias, a frustração deu espaço a esperança e ansiedade e, claro, concordei com a espera, até que, no dia 12 de dezembro de 1997, dois dias após o lançamento oficial do N64 no Brasil, finalmente coloquei as mãos no meu Nintendo 64 (que saiu por R$ 555,00).
Daí em diante, a história é bastante semelhante à de todos que tiveram um Nintendo 64. Horas e horas diante de jogos fabulosos como Super Mario 64GoldenEye 007Crusin' USAStar Fox 64The Legend of Zelda: Ocarina of TimeThe Legend of Zelda: Majora’s MaskBanjo-KazooieBanjo-TooieConker’s Bar Fur Day, dentre tantos outros.
Há 15 anos (23/06/1996 no Japão e 29/09/1996, nos EUA), a Nintendo lançou um dos mais controversos consoles da história, que ganhou, ao longo do tempo, cores/sabores e vários acessórios revolucionários.
O Nintendo 64 é lembrado como o hospedeiro de jogos que criaram padrões na indústria, estrutura de hardware até hoje reutilizada e a firmação de novas IPs ao lado de personagens que reinavam absolutos por mais de 10 anos. Por outro lado, é reconhecido pelos erros de estratégia que culminaram na perda da hegemonia da Nintendo no mercado de jogos eletrônicos, na época.
O “Project Reality”, datado de 1993, veio a público, em formato quase final, em 1995, durante a primeira E3. O então “Ultra 64” (nessa época era comum utilizar prefixos latinos e gregos de grandeza, para intitular os consoles, vide: Mega Drive, SuperNintendo, Master System) chamou a atenção de mídia especializada, por apresentar gráficos muito superiores aos dos principais concorrentes: Sony Playstation e Sega Saturn.
O que também chamou a atenção da mídia foi o fato de que o console corria na contramão da concorrência, que investia pesado na padronização da indústria pelo uso de CD’s para abrigar seus jogos, ao passo que a Nintendo optou por insistir na ROM física, em cartucho.
Inúmeras justificativas vieram da Nintendo, na época, dentre as quais se destaca a velocidade de processamento dos dados coletados no cartucho, em comparativo com os CDs (e isso era verdade, não dava para comparar jogar Mortal Kombat 4 no N64 e no Playstation. No N64 ninguém precisava esperar o “loading” do Fatality).
De qualquer forma, a opção da Nintendo não foi bem aceita pelas produtoras, tendo em vista que a indústria se dirigia para a “hollywoodização” dos jogos, com várias cutscenes em CG que ocupavam muito espaço, o que inviabilizava a compressão para alojamento nos cartuchos de 64MB (a única exceção à regra foi a tentativa, de razoável sucesso, da Capcom de colocar Resident Evil 2 num cartucho para N64, de 512MB). Além disso, a mídia era muito cara, em comparação com o  custo da impressão em CD.
Com isso, como é sabido, a Nintendo sofreu um abandono em massa de grandes parceiras, a exemplo da Square. Vários projetos de third-parties para o console foram canceladas, para nunca mais ver a luz do dia, ou foram portadas para os consoles concorrentes.
Por outro lado, a Nintendo se segurou no mercado, durante o período de dificuldades, através da qualidade do trabalho dos times de desenvolvimento internos e do fortalecimento das first-parties, leia-se, Rareware.
A Nintendo sempre foi conhecida por criar excelentes jogos, cativantes e de qualidade acima da média das demais empresas. Todavia, as third-parties sempre contribuíram com o sucesso de seus consoles. Diante da ruptura de várias parcerias, a Nintendo teve que colocar ainda mais esforços em seu trabalho, para garantir a fidelidade de seu público.
Super Mario 64: É o primeiro plataformer poligonal em ambiente 3d do bigodudo, que estabeleceu o padrão do gênero (o engine deMario 64, se não é o mais, é um dos mais copiados até hoje). Além do padrão do jogo em si, a qualidade da interatividade do jogador com o personagem, através do controle analógico, foi copiado, na sequência, com o enxerto de alavancas analógicas, nos controles dos consoles concorrentes.
Na sequência, com o lançamento do aclamado Star Fox 64, a Nintendo veio com mais uma novidade: o Rumble Pak, que foi o efetivo pioneiro nos motores de vibração em videogames, que, igualmente, foram adotados pela concorrência na sequência.
Depois desses, vieram grandes títulos como The Legend of Zelda: Ocarina of Time e sua sequência Majora’s Mask, que dispensam maiores elucubrações, já que o primeiro é considerado, por grande parte dos jogadores e da mídia especializada, o melhor jogo de todos os tempos e o segundo, para alguns, como o jogo que superouOcarina of Time, ou o mais profundo da série.
Não satisfeita com seus trunfos, a Nintendo ainda ditou as regras para o novo gênero que surgia: jogos de tabuleiro virtuais. Mario Party e suas sequências no N64 fizeram um sucesso estrondoso, devido à criatividade e a excelente mescla do jogo de tabuleiro com minigames ao final de cada rodada. Paralelo a isso, nasceu a franquia Super Smash Bros., com lutas envolvendo até quatro jogadores simultaneamente, o que não era comum na época, ainda mais com personagens da Nintendo que jamais participaram de jogos mais “violentos”.
Não bastassem os jogos criados pela própria Nintendo, papel fundamental tiveram as first-parties, em especial a Rareware.
Crusin’ USA (um fliperama de corrida em sua casa), GoldenEye 007 (a prova de que FPS também era possível em consoles), Banjo-KazooieBanjo-Tooie (legado de Super Mario 64), Diddy Kong Racing (que pegou a estrutura de Mario Kart 64 – outro jogo soberbo – misturou com a aventura dos plataformers e fez um jogo sensacional), Donkey Kong 64 (o primeiro a utilizar o Expansion Pak, que dobrava a velocidade de RAM do console), Jet Force Gemini (plataformer de ação), Conker’s Bad Fur Day (plataformer “bonitinho”, porém, só para adultos) e “Perfect Dark” (prova que de era possível melhorar Goldeneye ainda mais) são jogos que formaram legiões de fãs. Embora graficamente defasados, esses jogos são referência até hoje, devido a sua atualidade de conteúdo e mecânica de jogo, além do que, são jogos que nem a própria Rareware conseguiu superar.
Outras firstparties, como a Game Freak (que trouxe vários jogos da franquia pokémon) e a Left Field (especializada em jogos esportivos, notadamente basquete) também contribuíram massivamente com o console, dentre outras empresas que se mantiveram fiéis à Nintendo e a seus consumidores.
Teve muito lixo virtual também, é inegável, mas todas as plataformas sofrem desse mal (o Nintendo 64 é o único console que ostenta o título de ter em sua biblioteca um dos melhores jogos de todos os tempos - The Legend of Zelda: Ocarina of Time - e um dos piores de todos os tempos - Superman 64).
A Nintendo também tentou alguns periféricos que não deram certo, a exemplo do 64DD, que não fez sucesso Japão e, com isso, jamais deu as caras no ocidente. Entretanto, o 64DD permitiu a existência da Master Quest de Ocarina of Time e outros softwares que serviram de fonte de ideias para os consoles posteriores.
Resta claro que o Nintendo 64, mesmo após 15 anos - embora não seja lembrado como um grande sucesso da Nintendo, por “N” fatores (perdoem-me o trocadilho infame) – é o console que mais trouxe jogos que ficaram para a história e mais contribuiu para o futuro dos consoles e jogos, enfim, de toda a indústria de jogos eletrônicos.
É por isso que o Nintendo 64 é um dos consoles mais respeitados pela indústria e dos mais lembrados, carinhosamente, pelo público.

Parabéns Nintendo 64, por seus 16 anos.

Por: Anderson Dias.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Umas das melhores cenas em CG de video games.

G A M E S - 15 Vídeos de CG´s de Jogos PARTE I


Nesta lista venho trazer 15 vídeos de Computação Gráfica de jogos, que impressionam ou pela qualidade de movimentação e animação, ou pelo incrível realismo.

Assasins Creed Revelations



Darksiders : Wrath of War



Diablo 3 Black Soulstone





PROTOTYPE



Warhammer: Mark of Chaos



Onimusha 3: Demon Siege



Batman Arkham City



Driver: San Francisco



Deus Ex Human Revolution



The Secret World



Tomb Raider - Debut 



Prey 2 



Final Fantasy Versus XIII



World of Warcraft : Wrath of the Lich King



Forsaken World

Por: Anderson Dias