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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sátira: Doze horas de pesadelo.

Doze horas de pesadelo.

Tudo começou num belo dia em que fazia uma bela noite. Era meia noite da manhã, então resolvi ir deitar para não dormir, e isto realmente aconteceu.

Já fazia duas horas que eu estava na cama deitado, e já que estava sentado, resolvi ficar em pé para dormir melhor, e assim deitei sentado de joelhos. Estava um frio tão quente, que eu estava todo suado, grudado no lençol embolado nos panos encharcados de suor congelado. Então acendi a luz, e vi que já eram duas e meia da noite amanhecida da madrugada, levantei e fui tomar água, e, sem perceber percebi  que a água tinha evaporadamente evaporado. Fiquei com tanta sede, que minha garganta secou até estralar e rachar, mostrando os nervos garganteais cefálicos, a ponto de poder se ver o tímpano e o fêmur do meu pescoço. Minha boca ficou esturricada, e a língua enrolou como casca de laranja no sol. Por sorte, tinha um supositório no armário, e usei e melhorou bastante.

Quando já era três horas da madrugada da matina, meu estomago roncou, e eu pensei que era um alienígena de baixo da cama. Assim sai correndo, tropecei no lustre, e cai justamente com o pé esquerdo no meu skate, escorregando e caído de nuca na única  madeira do assoalho que tinha  prego enferrujado saliente. Furei a caixa crâniocrânial, atingindo de dentro para fora o cérebro esquerdo do lado direito oposto de baixo para cima. Perdendo 86 litros de sangue,  fiquei cego do nariz, sem sentido de cheirar,  pra sempre.

Ás quatro horas matinal da noite senti um cheiro estranho de gás, esqueci o gás aberto ao ir deitar, e a cozinha já estava inundada de gás. Como sou esperto, já sabia que não poderia ligar as luzes, ou tudo iria explodir pelos ares. Então manifestei minha explicita anomalia intelectual herdada de Einstein, e acendi uma vela. Não sei por que, más tudo explodiu do mesmo jeito, e fiquei todo torrado, meus dedos se enrugaram, meus cabelos derreteram, minhas pálpebras tornaram-se  torresmo, e a vela continuou acesa provando que nisso eu estava certo.

Já eram cinco horas do fim do dia noturno, então resolvi comer algo, não tinha algo fui comer alga, porém tudo tinha queimado. Sem nada pra comer tive que me virar, então dei uma cambalhota e me virei pro outro lado. Estava com tanta fome que meu estomago grudou no céu da boca, encolheu, e ficou misturado com minhas tripas pulmonares. Más o corpo sempre reage bem ás dificuldades extremas, e a adrenalina me veio no coração, e eu passei mal, vomitei a janta da semana passada, só veio arroz com banana. Vendo aquela sopa no chão, fiquei com mais fome, não resisti e comi tudo, igual a um esfomeado faminto quando esta com fome.

Depois da majestosa refeição, olhei o relógio e já era seis do dia seguinte. Liguei a TV e esperei começar os Teletubbies, más já estava com muita fome e vontade de tomar café da manhã. Então fui pegar as moedas que estavam no meu cofrinho,  só tinha dez centavos em moedas de um centavo, e mais cinco centavos em moedas de dois centavos. Fui na padaria, e chegando Lá, as pessoas que ali estavam tomando café da manhã pra poder ir trabalhar fortinhos, vomitaram quando viram minha garganta descarnada e podre, além de um pedaço de banana vomitada, com um grão de arroz que estava grudado no meu cabelo derretido. Assim prestigiei o vomitorama que criei. Um cidadão vomitou até um teco de seu fígado, eu coloquei no pão e comi com queijo.

As sete horas da noite terminada, já estava em casa de novo, costurei meus ferimentos e sai novamente. Mas a cada passo que eu dava, minha perna desprendia, minha barriga descosturava e as tripas escorriam pelo chão. Assim resolvi ir ao hospital. Oito horas do fim da madrugada passada, e eu na fila da Santa Casa. Lá tinha uma menina com o queixo extraído, um velho com o braço quebrado do óculos enfiado no olho, um cara com pereba nos órgãos internos e externos, e uma mulher com o seio costurado no outro pelo maníaco do parque.

Quando eram nove horas do começo do mesmo dia em que comecei, já estava no meio da fila, e logo entrou um cara sem as pernas e os braços correndo apressadamente, esbaforido pegou a recepcionista pela garganta, lhe aplicou uma chave de braços, e exigiu ser atendido rapidamente, pois já estava atrasado á participar de um jogo de futebol americano. Também entrou um moleque as pressas, que tentou explodir uma dinamite na boca achando que era uma biribinha, por sorte a bomba era muito grossa e não cabia em sua boca, e então o moleque inconformado teve uma idéia, e acabou explodindo a bomba na bunda.

Era dez horas do fim da manhã, e finalmente chegou minha vez de ser atendido. Más não percebi percebendo que, os médicos só queriam mesmo é roubar meus órgão vitais, porém eles desistiram pois meus órgãos estavam todos cheios de pus, esfolado e queimados. As onze horas da véspera da tarde, eu sai de lá sem uma solução para o meu problema. Então peguei chiclete mastigado, e colei sacolas de mercado no lugar de minha pele danificada, fechando assim meus ferimentos.

Ao meio dia do fim da manhã do começo da tarde, consegui chegar em casa, e fui dormir um pouco. Ai percebi despercebidamente, que tudo não passava de um sonho. Porém ao acordar dormindo, vi que estava todo em plastificado, arranquei os plásticos, e meus órgão se derramaram pelo chão do quarto todo. Só assim acordei num susto, e constatei que o fato de eu ter acordado foi só um sonho enquanto estava dormindo. E ainda constatei que deveria ir comer alguma coisa pois já estava com fome. Em seguida fui dormir.

FIM.

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